Foram 54 filmes vistos em dez salas diferentes, dois recordes pessoais que já me habilito a superar no ano que vem. Em termos de qualidade, o festival deste ano esteve apenas mediano. Ainda se vê muita coisa ruim, mas as pérolas que são garimpadas por quem tem tempo e paciência continuam valendo a pena. A organização melhorou bastante depois do vexame do ano passado. Claro que ainda há falhas - a sessão de Sacro gra atrasou quase uma hora! - , mas se seguirem este parâmetro nos anos vindouros o público agradece.
A relação abaixo, um tanto extensa, cobre o que vi entre uma quinta-feira (3/10) e outra (10/10).
PUSSY RIOT, A
PRECE PUNK - O
documentário analisa o caso da banda que teve três de suas integrantes
condenadas à prisão por uma performance dentro de uma igreja ortodoxa, em
Moscou, e acabaram se tornando símbolos da luta contra o governo ditatorial de
Vladimir Putin. Tem imagens raras das outras apresentações do grupo. Guarda
certo paralelo com o atual momento de revolução social vivido no Brasil. Apenas
três dias após esta exibição, já estreou na HBO, que o produziu. * * *
ESTAÇÃO
FRUITVALE - Lembra
muito Faça a coisa certa (1989), de
Spike Lee. Baseado em um fato real, tem clímax explosivo e reabre a discussão
sobre a questão racial nos Estados Unidos. Pode-se ver que, em mais de 20 anos,
pouco ou nada mudou nesse sentido. Ótimo elenco, com destaque para Octavia
Spencer como a mãe. Vencedor do Sundance, pode ser lembrado no Oscar. * * * *
GRAVIDADE - Primeiro filme
em 3D que assisto no festival. Só neste formato é possível curtir essa aventura
de ficção científica na qual Sandra Bullock mais uma vez tenta provar que pode
ser boa atriz dramática e praticamente segura as pontas do aborrecido roteiro
durante hora e meia, enquanto George Clooney é quase coadjuvante, comparecendo
com meia dúzia de piadinhas. Deve ser finalista em algumas categorias do Oscar.
* *
HELI - Um pobre coitado
acaba envolvido sem querer na guerra das drogas no México e é vítima de
vingança praticada pelos traficantes. O fato abala toda sua vida. Retrato cru e
sem concessões do problema. Um tanto difícil de assistir, sobretudo pelas cenas
explícitas de violência realista (tem pênis queimado e tudo), que fizeram muita
gente abandonar a sala. Mas é, também, uma aula de direção, justificando o
prêmio ganho por Amat Escalante em Cannes. * * * *
ALGUMAS GAROTAS
- Menos
de 10 pessoas na sala (!) assistiram a este suspense argentino que tem uma boa
ambientação (uma espécie de casa mal-assombrada), algumas idéias interessantes,
mas um roteiro que complica as coisas além do necessário. Termina meio
frustrante. Lindo o quarteto de protagonistas, em especial Ailín Salas, que faz
Nene e, em uma cena, recita um encantamento em português. * *
A TOCA DO DIABO
- Entrou
de tapa-buraco na minha programação este documentário sobre um traficante
sul-africano de meia-idade que precisa equilibrar sua vida entre suas duas
famílias: a verdadeira com mulher e filhos, e a da gangue a qual pertence. O
personagem é bem interessante, o recorte é benfeito, mas tudo soa meio
artificial, as situações parecem encenadas, o que tira um pouco da força do
conjunto. Curiosidade: ele aparece em uma cena usando uma camisa com a bandeira
do Brasil. * *
CHEVROLET AZUL -
Outro
retrato da violência urbana norte-americana, também inspirado em fatos reais.
Com economia de recursos e trilha minimalista, acompanhamos a gênese de uma
dupla de franco-atiradores (pai e filho) que saem matando pessoas a esmo a
bordo do veículo citado no título. Boa a construção das personalidades doentias
de ambos. Vindo de telesséries, Tequan Richmond mostra potencial como o pequeno
matador. * * *
SUSPENSÃO DA
REALIDADE - Mike
Figgis brinca de fazer suspense com uma trama que mistura realidade e ficção e
faz referências a David Lynch, Brian De Palma, naturalmente Hitchcock, film
noir e o ofício de escrever para cinema. Roteiro intrincado, elaborado, com
produção elegante e trilha sonora irônica (do próprio Figgis). Boa diversão. *
* *
DUO - Comédia lésbica
centrada em duas jovens, uma turista dinamarquesa e uma guia de turismo
eslovena, que vivem um romance de pouco mais de 24 horas. Tem algumas boas
piadas, como a cena da entrevista, mas um roteiro mal-ajambrado, que inventa
uma doença sem sentido para uma delas. Também é casto na parte sexual (apenas
um beijinho entre elas). Detalhe: não se vê um papel de bala sequer nas ruas e
praças de Liubliana, uma utopia a ser alcançada nesses tempos de Lixo Zero por
aqui. * *
AMO TODOS VOCÊS
- Espécie
de O reencontro argentino. Entre idas
e vindas no tempo, o roteiro centra-se em um grupo de amigos na faixa dos 30 e
poucos anos que relembram e lamentam os sonhos da juventude e a vida atual que
levam. Com boas piadas e alguma melancolia, tem fácil comunicação com o público, que se identifica com os personagens. * * *
7 CAIXAS - Foi só eu
escrever que não havia cinema no Paraguai e eis que surge um filme de lá! Na
verdade, este não chegou exatamente a ser uma descoberta, porque me chegou
recomendado pela minha amiga Sheila Domingues, de Foz do Iguaçu, que já o
conhecia. Então, me enchi de expectativa para vê-lo e, ao contrário do que
normalmente acontece nesses casos, não me decepcionei. Toda a história se passa
no gigantesco Mercado 4, um entreposto de comércio local - é difícil comparar
com alguma coisa que eu conheça, aqui no Rio seria uma espécie de Mercadão
Popular da Uruguaiana só que bastante ampliado. Muito bom o elenco, com
atuações naturalistas, compondo personagens de carne e osso, todos
carismáticos, até os vilões, e sendo que especialmente o travesti é um
verdadeiro achado e rouba as duas cenas em que aparece. O roteiro engenhoso
junta todas as pontas no final, nada fica solto, sem resolução, e nem o sonho
inicial do protagonista é esquecido na conclusão. Com eletrizantes cenas de
perseguição valorizadas pelos ótimos movimentos de câmera, 7 caixas é uma grande diversão, muito superior a qualquer bobagem
hollywoodiana. Bastante aplaudido no final, cresceu no boca a boca e esgotou a
sessão seguinte. * * * * *
AS DELÍCIAS DA
TARDE - Mais
uma vez, Juno Temple interpreta uma perdida na vida nessa comédia cujo clímax é
uma festa regada a bebidas e confissões íntimas das quatro mulheres. Divertido
e esquecível. * * *
CRYSTAL FAIRY E
O CACTUS MÁGICO - Se
Hollywood ainda não descobriu Ricardo Darín, o azar é deles. Por aqui, já
descobrimos Michael Cera - e o azar é nosso! O astro teen é mesmo a melhor
escolha para este filme sobre grupo de mochileiros que vai atrás de uma bebida
alucinógena no deserto de Atacama. Tem nomes importantes por trás do
projeto. A direção é de Sebastian Silva (A criada) e a produção, vejam só, é de
Pablo Larraín, o grande nome do cinema chileno hoje. Diverte bastante no
começo, mas o roteiro perde força na segunda metade e termina de forma sombria,
com uma estranha confissão de estupro. O único destaque acaba sendo Gaby
Hoffman, que vive a riponga Crystal e dá uma dimensão quase espiritual à
personagem, inclusive aparecendo despida em várias cenas. Termina sendo apenas
uma diversão adolescente sem maiores méritos. *
SHE SAID BOOM, A
HISTÓRIA DO FIFTH COLUMN - O Fifh Column (Quinta Coluna) foi um grupo de punk
rock feminino que despontou na cena alternativa de Toronto no começo dos anos
80, do qual hoje quase ninguém lembra mais. O documentário é o registro
audiovisual da banda e daquela época. Bom trabalho de resgate, valorizado pelas
entrevistas e imagens. * *
KINK, SADOMASÔ
ON-LINE - O
Kink.com é um dos sites de BDSM mais pesados que eu conheço. Não é dos meus
preferidos, justamente por ser um tanto hard. E é isso o que pode reforçar na
platéia a impressão de que este é um universo pervertido e doentio, apesar de
todos os envolvidos - diretores, técnicos e intérpretes - deixarem claro que
tudo ali é feito com profissionalismo e responsabilidade. Todos são pessoas
comuns, que têm família e filhos. Mas, a julgar pelas reações do público
durante e após a sessão, o mundo ainda não está preparado para entender o BDSM
como um fetiche socialmente aceitável. Mas a luta continua. Quem sabe alguém se
anima e faz um filme sobre o Bound Brazil para o ano que vem? * * *
BABY BLUES - Nada a ver com
as tirinhas anônimas. É um bom exemplar do cinema polonês, que raramente dá as
caras por aqui e merece ser descoberto. Muito bom o trio central, estreante no
cinema. Se fosse feito em Hollywood, haveria um embelezamento que tornaria a
situação artificial, mas aqui, é tudo seco e direto. O bebê é uma fofura, a
música é boa, mas o que me chamou atenção foram os cenários e figurinos
bastante inusitados. * * *
OURO - O festival este
ano foi tão completo que teve espaço até para este curioso faroeste alemão
estrelado por Nina Hoss (de A massai
branca e filmes do Petzold). O diretor Thomas Arslan se vale do gênero para
construir uma metáfora sobre a condição humana, com uma narrativa lenta e
contemplativa, em que privilegia a psicologia dos personagens. Grande filme,
visualmente belíssimo, com elenco afiado. Uma nova e criativa maneira de
explorar um gênero bastante desgastado. O tipo de filme que só ganha com uma
revisão. * * * *
CASTING BY -
DIRETOR DE ELENCO - Centra-se
na vida de Marion Dougherty, que transformou o ofício de selecionadora de
elenco (o famoso "casting by" das fichas técnicas) em profissão
respeitada e reconhecida. Ela é reverenciada por quase todos os entrevistados,
entre atores (Jon Voight, Robert De Niro) a quem deu a primeira chance,
diretores (Martin Scorsese, Woody Allen, Arthur Hiller) que usaram seus
serviços e outros colegas de trabalho. Apenas Taylor Hackford presta um
depoimento antipático em que diz não reconhecer que haja qualquer outro diretor
no set e nas fichas dos filmes. Tem muitas histórias curiosas de início de
carreira de vários futuros astros. Quem é cinéfilo vai gostar. Produzido pela
HBO, brevemente estará na telinha. * * *
GIGOLÔ EM DECADÊNCIA - Uma
pena que Woody Allen não faça tantos filmes como ator para outros diretores.
Ele é a alma desta comédia que tem em John Turturro, também diretor, o outro
lado, a parte romântica da história, como era a dupla Jerry Lewis e Dean Martin
nos anos 50. Allen tem as melhores piadas, mas o roteiro de Turturro mexe com
assuntos delicados da comunidade judaica sem resvalar na grosseria ou no
desrespeito. Ótima trilha sonora. Boa diversão. * * *
PEGANDO FOGO - O desabrochar
sentimental de uma adolescente francesa em meio aos cenários idílicos da zona
rural. Tema bastante explorado que não ganha qualquer novidade neste filme de
2006, dirigido por Claire Simon e que foi exibido dentro da retrospectiva
dedicada à diretora. Final trágico. Vale pela beleza das locações e das jovens
atrizes. * *
RIO CIGANO - Um tema pouco
comum no cinema brasileiro desenvolvido com certa ousadia narrativa e alguns lances
místicos e mágicos. Tem uma personagem que é uma espécie de vampira, que suga a
energia de outras garotas para se manter jovem. Não tem potencial para muito,
mas é uma opção diferente dentro do panorama do cinema nacional feito hoje. * *
DE TERÇA A TERÇA
- Conto
urbano sobre moral e ética construído com poucas falas e alguma tensão. Outro
representante da diversidade do cinema argentino. * * *
QUANDO A NOITE
CAI EM BUCARESTE - É
muito difícil gostar do tipo de humor feito por Porumboiu, o mesmo de À leste de Bucareste. Cenas longas,
câmera estática e piadas verbais muito sutis, mais de comentários absurdos que
de algum tipo de ação. A chave para se entendê-lo está logo na primeira cena e
o espectador deve embarcar na proposta ou desistir do filme. Na correria do
festival, acaba sendo complicado apreciá-lo devidamente. Quem sabe depois, em
DVD. *
GATA VELHA AINDA
MIA - Uma
esplêndida Regina Duarte, desgrenhada e sem maquiagem, defende de forma
assustadora um texto afiado e magistral, com algumas frases de efeito ("O
tempo roubou nossos sonhos", "A tristeza é uma lembrança bonita que
ficou esquecida"). Bárbara Paz tem menos chances, porque seu texto não é tão bom, mas também brilha. Rafael Primot estréia na direção de longas com uma narrativa
envolvente, abrindo um novo caminho para o cinema brasileiro, mostrando que é
possível explorar outros gêneros. Os cinéfilos identificarão inúmeras
referências: O que terá acontecido a Baby
Jane?, Louca obsessão, Crepúsculo dos
deuses, entre outras. Uma pequena jóia de tensão e humor negro. Centésimo filme a que concedo cotação máxima. * * * * *
PERISCÓPIO - João Miguel
chega ao ponto mais baixo de sua carreira neste filme indecifrável realizado
pelo sempre hermético Kiko Goifman (do também horrível Fillmefobia), que guarda para si o sentido da trama, não o
dividindo com o espectador, que se sente irritado e enganado. Dá vergonha
alheia. A cena do jantar é das coisas mais deprimentes, ridículas e infantis já vistas no cinema.
Jean-Claude Bernardet poderia envelhecer com dignidade, sem essa mancha no
currículo. *
SACRO GRA - Sessão lotada
para ver este que foi o primeiro documentário na história a vencer o Festival
de Veneza. Mas muita gente debandou durante a sessão. É fácil entender o
porquê. Este não é um filme feito para entreter, ou divertir, mas, ao
contrário, para causar reflexão e até espanto. É bastante difícil, árido, seco,
sem trilha sonora, justamente para não desviar o foco do espectador, para que
ele preste atenção nas imagens e se sinta inserido naquele universo. O estranho
título é explicado logo na introdução. "Gra" é a sigla, em italiano,
para "grande anel rodoviário", um conjunto de autopistas que circunda
Roma e à margem do qual se passam as histórias contadas no filme, os desvalidos,
os empobrecidos, por vezes loucos, mas sempre, literalmente, marginais - não no
sentido criminoso, mas social, mesmo, aqueles excluídos do sonho da fartura,
que se mantêm distantes da "dolce vita". O diretor Francesco Rosi
sacraliza este universo e promove um olhar quase antropológico sobre aquelas
vidas, com alguns personagens interessantes: um velho que filosofa e gosta de
usar um palavreado requintado, em oposição a seu pouco estudo, um pesquisador
da flora local, duas prostitutas velhas que ainda fazem programas. Para os
italianos, deve ter sido um choque perceber que aquele mundo existe, e como ele
está cada vez mais perto deles, assolados por uma crise econômica sem
precedentes, como de resto toda a Europa. Brasileiro não vê muita novidade,
porque, infelizmente, aquela realidade já é parte do nosso cotidiano. A cena em
que um menino faz malabarismos com fogo em um sinal de trânsito podia ter se
passado aqui, na Avenida das Américas. Também não tem narração, apenas os personagens que falam por si. Destruído por quase todo mundo que viu, que ficou se perguntando se Veneza não tinha nada melhor para premiar. * * *
A BATALHA DE
TABATÔ - Tabatô
é uma aldeia no interior de Guiné-Bissau habitada apenas por músicos. É para lá
que retorna o protagonista, disposto a se livrar dos fantasmas de seu passado.
Exótica produção africana que os críticos geralmente adoram, rodada em preto e
branco e, ironicamente, embora se passe em um lugar cheio de músicos, não tem trilha
sonora! A pobreza técnica é compensada pela sinceridade das atuações. Curioso,
merece uma conferida. * *
CARNE DE CÃO - O roteiro erra
ao centrar-se em um personagem antipático, que maltrata animais (uma violência
que o público nunca tolera), perturba a mulher no trabalho dela e encrenca com
todo mundo. Mesmo que o segredo de seu passado justifique tais ações. A
conversão final é totalmente inconvincente. *
PEACHES DOES
HERSELF, A ÓPERA-ROCK - Só sabia que Peaches era uma cantora da cena
underground. Desconhecia seu tipo de música e seu estilo e detestei ambos. A
mim, pareceu uma versão alemã mais grossa e exagerada da Madonna que chocava
nos anos 90. Exclusivamente para fãs; quem não conhece vai se assustar, ou se
constranger. Também não entendi como um filme desses foi parar no Roxy, de
perfil mais conservador e comercial. Outro erro da escalação do festival. *
AYA - A única animação
do ano foi esta, feita na França e passada na Costa do Marfim. O traço é engraçado
e o visual reproduz à perfeição as paisagens locais, com riqueza de texturas, o
que compensa o roteiro muito fraco, praticamente sem assunto, que apenas
acumula situações sem resolvê-las de forma satisfatória. * * *
MOEBIUS - Uma provocação
de Kim Ki-Duk que, a partir de um acontecimento trágico, constrói uma fábula
macabra sobre sexualidade e desestruturação familiar. A estrutura narrativa é
brilhante: sem qualquer diálogo, a história é acessível e de fácil assimilação.
Bem violento, por vezes desagradável, foi descrito nas sinopses oficiais como
"uma ode ao sadomasoquismo"! * * *
POR QUE VOCÊ NÃO
VAI BRINCAR NO INFERNO? - Uma divertida e explosiva brincadeira cinéfila do
diretor Sion Sono. Trabalha muito bem as imagens, misturando filme de samurai,
Bruce Lee, Tarantino, tudo com ritmo incessante, bom humor, muito sangue e
excelente uso de música incidental, sublinhando com brilho algumas passagens
mais elaboradas visualmente. Vale conhecer. * * *
A RAVINA DO
ADEUS - Apesar
do título algo poético, é uma história lenta e um tanto aborrecida, que
embaralha mal os cortes temporais e nunca chega a emocionar ou envolver o
espectador. Também é longo demais e o final é bastante insatisfatório. * *
TABOOR - Raro exemplar de
cinema fantástico feito no Irã. Houve quem o comparasse a Holy Motors, só que sem sentido algum. Há algumas imagens
inusitadas, mas a história, de fato, não diz muita coisa. Vale conhecer apenas
para ver que o cinema iraniano tem potencial para muitas outras histórias que
não dramas familiares ou infantis. *
A PISCINA - Fechei o
festival com este drama alegórico inteiramente passado à beira de uma piscina
na qual se reúnem quatro alunos, cada um com algum tipo de deficiência. A
tensão explode aos poucos, mas de forma bastante sutil. A essa altura do
campeonato, ninguém mais tinha cabeça para se preocupar em entender mensagens
subliminares. Quem sabe em uma revisão futura? *