DEUS DA CARNIFICINA – Finalmente chega
aos cinemas este último filme de Roman Polansky, o primeiro que ele dirigiu
após ter sido solto da cadeia na Suíça, onde cumpriu pena há dois anos. Com
bastante atraso, já que era esperado desde setembro, para o Festival do Rio –
sua ausência frustrou os cinéfilos. É a adaptação de uma peça teatral homônima
de Yasmina Reza, recém-encenada no Brasil.
No filme, dois casais se
encontram no apartamento de um deles para discutir um problema em comum: o
filho de um agrediu violentamente o filho de outro (a cena é mostrada muito de
longe logo no começo). Então, os quatro adultos tentam reparar a situação, mas
sempre surge um contratempo que serve para interpor todos contra todos, e o que
deveria ser um encontro amigável de acordo vira um pesadelo, em que se mostra
que, se os próprios pais não conseguem se entender, como esperar que seus
filhos consigam viver em paz? Polansky conduz bem sua quadra de atores
(Christoph Waltz, Jodie Foster, Kate Winslet e John C. Reilly), todos ótimos, e
os diálogos são ágeis e cortantes. O problema é que o filme demorou tanto a
chegar que já vazou na rede há muito tempo.
Veja o trailer:
PARA SEMPRE – Casal sofre um
acidente de carro, mas sobrevive. A mulher, porém, perde completamente a
memória, não se lembra que é casada e rejeita o marido, por não se lembrar
dele. O rapaz, então, precisa reconquistá-la, em um longo e muitas vezes doloroso
processo. A presença de Rachel McAdams no elenco pode sugerir uma comédia
romântica, mas trata-se de um drama baseado em uma história inacreditavelmente
real – o marido Kim (no filme é Leo) deu entrevista à revista Istoé há poucos
meses e contou detalhes de seu sofrimento e da luta que precisou empreender
para fazer com que sua esposa voltasse a se apaixonar por ele (só que Channing
Tatum é bem mais bonito que ele). Pode ser piegas e chorumelento, mas os
românticos mais radicais ficarão arrepiados até o último fotograma.
MADAGASCAR 3 – OS PROCURADOS – Alex,
Glória, Martin e Melman reaparecem nesta terceira aventura desta série muito
querida pelas crianças e por vários adultos. Desta vez, eles vão parar em Monte
Carlo, onde reencontram os pingüins, precisam fugir da vilã da vez, Chantel
duBois, e tentam voltar para casa. Diversão garantida.
O prestígio da série é tanto que
o filme abriu o último Festival de Cannes. O mesmo elenco de vozes originais
dos dois primeiros episódios, mas, claro, você não irá escutá-las, a menos que
assista à versão em DVD ou ao trailer abaixo.
A PRIMEIRA COISA BELA – Comédia
italiana que recupera o frescor das produções daquele país que faziam grande
sucesso nas telas nacionais nos anos 50 e 60. Na história, o menino Bruno morre
de vergonha do comportamento liberal e expansivo de sua mãe na conservadora
sociedade de Livorno, na Sicília, nos anos 70.
Ele cresce e se distancia da
família, mas, ao saber que a mãe está morrendo, volta para encontrá-la e
somente então conhece e entende as razões do comportamento da progenitora.
Exibido no Festival do Rio de 2010, estava no limbo desde então. Programão para
saudosistas do cinema italiano e para quem procura algo mais em matéria de
comédia que não a batida fórmula de Hollywood.
Veja o trailer:
KABOOM – Uma surpresa que
finalmente chega ao circuito este filme de Gregg Araki, também exibido no Festival do
Rio de 2010. Uma aberração que chegou a ser apresentada em Cannes naquele mesmo ano
cheia de reviravoltas envolvendo assassinatos, o fim do mundo, biscoitos
alucinógenos, perda da virgindade e homossexualismo. Mas, no fundo, não faz
sentido nenhum nem quer dizer coisa alguma.
Claro que quem gosta do diretor
vai se esbaldar com seu liquidificador de imagens. O esquisito título, que foi
mantido pela distribuidora (talvez não levando muita fé no filme e achando que
vá ficar pouco tempo em cartaz, então, para que arrumar outro?), só é explicado
na última cena, que também está longe de ser conclusiva. O interessante elenco
feminino traz Haley Bennet, Roxane Mesquida (prendam a respiração) e uma rediviva
e envelhecida Kelly Lynch em papel ridículo.
Veja o trailer e tire suas conclusões:
VIOLETA FOI PARA O CÉU –
Biografia documental da cantora chilena Violeta Parra, intercalada com trechos
de uma longa entrevista que a artista concedeu à televisão em 1962. A direção é
de Andrés Wood, que ficou conhecido no cenário nacional por Machuca (2004).
WEEKEND – Drama gay sobre um
rapaz que vai a uma boate, conhece um possível pretendente e passa a se relacionar
com ele. Sem maiores referências.
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