quinta-feira, 7 de junho de 2012

Fritas no cardápio


DEUS DA CARNIFICINA – Finalmente chega aos cinemas este último filme de Roman Polansky, o primeiro que ele dirigiu após ter sido solto da cadeia na Suíça, onde cumpriu pena há dois anos. Com bastante atraso, já que era esperado desde setembro, para o Festival do Rio – sua ausência frustrou os cinéfilos. É a adaptação de uma peça teatral homônima de Yasmina Reza, recém-encenada no Brasil.


No filme, dois casais se encontram no apartamento de um deles para discutir um problema em comum: o filho de um agrediu violentamente o filho de outro (a cena é mostrada muito de longe logo no começo). Então, os quatro adultos tentam reparar a situação, mas sempre surge um contratempo que serve para interpor todos contra todos, e o que deveria ser um encontro amigável de acordo vira um pesadelo, em que se mostra que, se os próprios pais não conseguem se entender, como esperar que seus filhos consigam viver em paz? Polansky conduz bem sua quadra de atores (Christoph Waltz, Jodie Foster, Kate Winslet e John C. Reilly), todos ótimos, e os diálogos são ágeis e cortantes. O problema é que o filme demorou tanto a chegar que já vazou na rede há muito tempo.
Veja o trailer: 


PARA SEMPRE – Casal sofre um acidente de carro, mas sobrevive. A mulher, porém, perde completamente a memória, não se lembra que é casada e rejeita o marido, por não se lembrar dele. O rapaz, então, precisa reconquistá-la, em um longo e muitas vezes doloroso processo. A presença de Rachel McAdams no elenco pode sugerir uma comédia romântica, mas trata-se de um drama baseado em uma história inacreditavelmente real – o marido Kim (no filme é Leo) deu entrevista à revista Istoé há poucos meses e contou detalhes de seu sofrimento e da luta que precisou empreender para fazer com que sua esposa voltasse a se apaixonar por ele (só que Channing Tatum é bem mais bonito que ele). Pode ser piegas e chorumelento, mas os românticos mais radicais ficarão arrepiados até o último fotograma.

MADAGASCAR 3 – OS PROCURADOS – Alex, Glória, Martin e Melman reaparecem nesta terceira aventura desta série muito querida pelas crianças e por vários adultos. Desta vez, eles vão parar em Monte Carlo, onde reencontram os pingüins, precisam fugir da vilã da vez, Chantel duBois, e tentam voltar para casa. Diversão garantida.


O prestígio da série é tanto que o filme abriu o último Festival de Cannes. O mesmo elenco de vozes originais dos dois primeiros episódios, mas, claro, você não irá escutá-las, a menos que assista à versão em DVD ou ao trailer abaixo. 



A PRIMEIRA COISA BELA – Comédia italiana que recupera o frescor das produções daquele país que faziam grande sucesso nas telas nacionais nos anos 50 e 60. Na história, o menino Bruno morre de vergonha do comportamento liberal e expansivo de sua mãe na conservadora sociedade de Livorno, na Sicília, nos anos 70.


Ele cresce e se distancia da família, mas, ao saber que a mãe está morrendo, volta para encontrá-la e somente então conhece e entende as razões do comportamento da progenitora. Exibido no Festival do Rio de 2010, estava no limbo desde então. Programão para saudosistas do cinema italiano e para quem procura algo mais em matéria de comédia que não a batida fórmula de Hollywood.
Veja o trailer: 


KABOOM – Uma surpresa que finalmente chega ao circuito este filme de Gregg Araki, também exibido no Festival do Rio de 2010. Uma aberração que chegou a ser apresentada em Cannes naquele mesmo ano cheia de reviravoltas envolvendo assassinatos, o fim do mundo, biscoitos alucinógenos, perda da virgindade e homossexualismo. Mas, no fundo, não faz sentido nenhum nem quer dizer coisa alguma.  


Claro que quem gosta do diretor vai se esbaldar com seu liquidificador de imagens. O esquisito título, que foi mantido pela distribuidora (talvez não levando muita fé no filme e achando que vá ficar pouco tempo em cartaz, então, para que arrumar outro?), só é explicado na última cena, que também está longe de ser conclusiva. O interessante elenco feminino traz Haley Bennet, Roxane Mesquida (prendam a respiração) e uma rediviva e envelhecida Kelly Lynch em papel ridículo.
Veja o trailer e tire suas conclusões:

 
VIOLETA FOI PARA O CÉU – Biografia documental da cantora chilena Violeta Parra, intercalada com trechos de uma longa entrevista que a artista concedeu à televisão em 1962. A direção é de Andrés Wood, que ficou conhecido no cenário nacional por Machuca (2004).

WEEKEND – Drama gay sobre um rapaz que vai a uma boate, conhece um possível pretendente e passa a se relacionar com ele. Sem maiores referências.

Nenhum comentário:

Postar um comentário