AMERICAN HORROR STORY – ASYLUM
Onde e quando: Fox, terça, 23h15;
domingo, 00h50.
Elenco: Jessica Lange, James
Cromwell, Joseph Fiennes, Evan Peters, Zachary Quinto, Chloe Sevigny, Sarah
Paulson.
Sinopse: Nos anos 60, uma instituição para doentes mentais é assombrada pela presença de fantasmas e seres
demoníacos.
Comentários: Embora a primeira
temporada tenha sido bastante elogiada, não a achei tão boa assim, basicamente por dois motivos: a excessiva lentidão da narrativa e a fotografia muito
escura, que por vezes chegava a tornar impossível identificar o que estava
acontecendo em cena.
Parece que os produtores também perceberam isso e trataram de
corrigir essas falhas. A montagem ganhou mais dinamismo, acelerando o ritmo das
ações (até demais), e houve ajustes nas imagens, mantendo o tom soturno que
convém à série, mas sem exageros, na medida exata. Esqueça tudo o que você viu
na primeira temporada, que transcorria em uma casa que, no passado, havia sido
palco de diversos e violentos crimes. A história mudou de endereço e agora se
passa em Briarcliff, espécie de clínica/asilo para doentes mentais comandado
com mão de ferro pela irmã Jude, auxiliada pelo doutor Arden e o psiquiatra
Thredson. A idéia inicial dos criadores da série era essa mesma, ambientar cada
temporada em um lugar diferente (uma terceira leva de episódios já está em
produção). Naturalmente os personagens são outros, mesmo o de Jessica Lange,
que agora faz a freira superiora, sem relação com a vizinha intrometida que
interpretou no primeiro ano, e que lhe rendeu um Globo de Ouro de Atriz
Coadjuvante em Série Dramática.
Mas continua dando um show de composição. A abertura é ainda
mais assustadora que a anterior, combinando novamente a música monocórdica e
inquietante com imagens perturbadoras, sem dúvida uma das melhores de todos os
tempos. Curiosamente, faz pouco uso de efeitos especiais de última geração,
optando por um horror calcado mais no clima, no jogo de luz e sombras e na
maquiagem. Nesse sentido, outro mérito do roteiro é evitar cenas de sangueira
explícita. Também faz um inteligente aproveitamento da clássica canção religiosa francesa “Dominique”,
entoada pela voz da própria autora, a belga Jeanine Deckers, ou Irmã Sorriso, estrondoso sucesso daquela época (e que ganhou uma
versão brasileira famosa na voz da cantora Giane), que é tocada em todos os episódios,
servindo sempre como contraponto sonoro a algum momento perturbador que se vê
em cena ou antecipando alguma revelação de impacto.
Por que ver: O gênero é pouco explorado
pela televisão, quase sempre relacionado ao universo da fantasia. Aqui é horror
sério e cru, na melhor tradição do cinema norte-americano de outrora. Os
roteiros são criativos e aproveitam ao máximo as possibilidades oferecidas pelo
ambiente. E dá medo. Mesmo.
Por que não ver: Pela natureza do
projeto, é uma série voltada para um público específico, aquele que é fã do
gênero. Quem não gosta, vai passar longe.