quinta-feira, 22 de maio de 2014

Fast Fritas - Uma guerra, uma paixão, uma ponte

Nova sessão no blog a partir desta semana. Como nem sempre disponho de tempo livre para me dedicar a textos longos, criei o Fast Fritas, onde comentarei de forma breve sobre um ou mais filmes que tenha visto recentemente. O formato atende ainda a uma sugestão feita em off por alguns leitores, e é também a provável forma que será utilizada durante o período da Copa do Mundo, quando quase todas as minhas atenções estarão voltadas para o Mundial.

A PONTE DE WATERLOO
(Waterloo bridge)
EUA, 1940. 103 minutos. Direção de Mervyn LeRoy. Roteiro de Robert E. Sherwood (baseado em peça de sua autoria), S. N. Berhman, Hans Rameau e George Froeschel. Com Robert Taylor, Vivian Leigh, Lucile Watson, Virginia Field, Maria Ouspenskaya, Virginia Carroll.
Sinopse: Na I Guerra Mundial, casal se conhece durante um ataque aéreo em Londres. Ele vai para o front, ela permanece na cidade, mas, quando ele retorna, uma tragédia os aguarda.
Comentários: Um dos mais famosos dramas românticos do cinema permaneceu inédito em formato caseiro no Brasil por anos, até ser finalmente lançado em DVD pela Versátil em 2010. Por isso, sempre foi mais comentado do que visto ou conhecido. Esta é a segunda versão da história  a anterior é de 1931 e foi dirigida por James Whale. Ainda houve uma terceira, Gaby, de 1956 (direção de Curtis Bernhardt), com detalhe final modificado. Mas esta é considerada a melhor. Dirigido com elegância por LeRoy, o filme é um grande flashback onde Roy Cronin (Taylor), já envelhecido, relembra sua história de amor com a bailarina Myra Lester (Leigh), iniciado casualmente durante um bombardeio e interrompido porque ele, oficial do Exército, precisou se apresentar no front. Quando retorna à cidade, quase um ano depois, nada sai como planejava. Omito detalhes do roteiro por força do hábito, já que muita gente deve conhecer a história. Justamente esse "segredo" deve ser relevado, já que o mundo mudou bastante e o dilema moral da protagonista hoje é de uma ingenuidade quase constrangedora. Mas causou comoção há 70 anos, quando o filme foi lançado. Egressa do sucesso de E o vento levou..., Leigh já era quase balzaquiana, mas de fato está com cara de menina e convence plenamente no papel, além de estar no auge de sua beleza. Forma um par muito fotogênico com Taylor, considerado então o homem mais bonito do cinema. Os espectadores que têm um mínimo de sensibilidade romântica certamente ficarão arrepiados com o desenrolar da história, mas a nova geração, um tanto cínica, pode achar tudo uma grande bobagem. Vale conhecer ou relembrar.

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