Em
termos de vexame mundial, nada jamais irá chegar perto da goleada acachapante
que a Seleção Brasileira levou da Alemanha na semifinal da Copa, disputada
debaixo dos nossos narizes. E pensar que, em outras ocasiões, pensamos que nada
podia ser pior em termos de humilhação... Pouco importa que a relação a seguir
traga jogos válidos por competições cujo peso é bem mais leve perto de um Mundial: era o Brasil em campo,
e isso basta.
Seguem
outras sete humilhações, todas, a seu modo, catastróficas – e todas redimidas
desde o último dia 8 de julho.
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Segundo gol chileno em 87. Imagem ruim foi a da Seleção. |
1987
– COPA AMÉRICA: BRASIL 0x4 CHILE – Antes da partida, o técnico chileno Orlando
Aravena deu a declaração que se tornou antológica: "O Brasil é como o leão
da Metro, só faz barulho mas não machuca ninguém." O pior é que, dentro de
campo, nossa seleção teve mesmo o comportamento de um inofensivo gatinho. Foi
neste jogo que o goleiro Rojas apareceu para o mundo e foi depois contratado
pelo São Paulo, onde ficou até o episódio do sinalizador, dois anos depois.
1992
– TORNEIO PRÉ–OLÍMPICO: BRASIL 1x1 VENEZUELA – Foi uma das últimas edições do
torneio, depois substituído pelo Mundial de Juniores para fins de classificação
olímpica. Ao Brasil, bastava uma vitória simples para seguir na disputa. E o jogo
era logo contra o maior saco de pancadas do continente. Bicho garantido,
goleada à vista... Mas eles saíram na frente e só empatamos no sufoco na metade
do segundo tempo. Elivélton fez o gol, pouco para nos fazer avançar.
1996
– TORNEIO OLÍMPICO: BRASIL 3x4 NIGÉRIA – A coleção de vexames brasileiros na
competição vem de longe. Na estréia do torneio, o Brasil já tinha perdido para
o poderoso Japão. Aqui era semifinal, e o time que tinha Ronaldo e Bebeto fez fácil
3x1. Permitiu o empate no último minuto do jogo e levou o "gol de
ouro" no primeiro lance da prorrogação, ambos marcados por Kanu. Entramos
pelo "kanu", e a medalha de bronze conquistada depois teve brilho de lata.
2000
– TORNEIO OLÍMPICO: BRASIL 1x2 CAMARÕES – Canto do cisne de Wanderley
Luxemburgo no comando da Seleção. Mais uma vez, era a
semifinal do torneio. O time africano saiu na frente, o Brasil empatou nos
acréscimos com Ronaldinho, mas perdeu na morte súbita. O detalhe do vexame:
àquela altura, Camarões atuava com nove jogadores, depois de perder dois atletas
expulsos.
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Martínez, o carrasco hondurenho em 2001. |
2001
– COPA AMÉRICA: BRASIL 0x2 HONDURAS – Que diabos uma seleção da América Central
fazia disputando uma competição da Conmebol? Honduras entrou como substituta da
Argentina, que se recusou a participar dessa edição, realizada na Colômbia, e
acabou protagonizando uma das maiores zebras da história. Ainda por cima, jogou
com um uniforme parecido com o do nosso maior rival, o que rendeu um caldeirão
de piadas para eles no dia seguinte.
2007
– TORNEIO PAN-AMERICANO: BRASIL 2x4 EQUADOR – Perder de forma vexatória dentro
de casa não é novidade para a Seleção. Em pleno Maracanã, diante de 70 mil
pessoas, o time sucumbiu sem apelação diante de um freguês histórico, quando o
empate já nos bastava. Se serve de atenuante, o Brasil foi representado pela
equipe de juvenis (hoje é a chamada Sub-17), que meses depois decidiu o Mundial
da categoria contra Gana – e tornou a perder, mas pelo menos, foi pelo placar mínimo.
2011
– TORNEIO PAN-AMERICANO: BRASIL 1x3 COSTA RICA – Pela segunda vez consecutiva,
o Brasil foi eliminado da competição por um adversário sem tradição e muito
inferior tecnicamente. O placar foi construído já no primeiro tempo, quando a
Costa Rica deu um banho de bola, e, como a Alemanha de agora, relaxou na etapa
final, senão a vergonha teria sido maior.
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