SEXO, QUIABO E MANTEIGA COM SAL – O sexagenário e machista Malik perde o chão ao ser abandonado pela mulher, que o troca pelo amante bem mais jovem. Tentando reiniciar sua vida, ele precisa reavaliar seus conceitos e, para isso, conta com a ajuda de uma vizinha sexualmente reprimida, de uma irmã, dos amigos e dos filhos, um dos quais se revela gay. Com um roteiro deficiente, que transita por várias situações sem aprofundar nenhuma delas a contento, o filme centra sua ação na comunidade costa-marfinesa residente na França, mas evita discutir problemas relacionados a ela (a questão da integração social, com a nova identidade européia, por exemplo, mal é mencionada e não acarreta conflitos). O interesse é mesmo o riso e, para alcançá-lo, o diretor equilibra sua história entre os diversos personagens, cada um com seu momento específico de brilho, embora nenhum seja especialmente bem construído. Mas é muito menos engraçado do que fez supor o público que assistiu à sessão, que saiu elogiando e recomendando com entusiasmo, o que o fez crescer no boca-a-boca. Tem, porém, o grande mérito de evitar baixarias e situações grosseiras, o que já é muito para uma comédia nos tempos atuais. É um filme simpático, que consegue ótima comunicação com a platéia, mas está longe de ser mais do que apenas uma curiosidade. O ator principal é a cara do Danny Glover. * *
35 DOSES DE RUM – No subúrbio parisiense, pai e filha tem o relacionamento abalado com a aproximação de outras três pessoas. Outra veterana de festivais, a francesa Claire Denis sempre ambienta suas histórias em núcleos humanos em vias de se despedaçar por decisões controversas de alguns de seus integrantes. Não é diferente aqui, em que o equilíbrio da relação entre Lionel (Alex Descas) e Josephine (Mati Diop) patina na medida em que novos rumos vão se desenhando para um e outro. O pai vai se envolvendo com uma taxista de meia-idade, enquanto a filha fica em dúvida se deve ou não acompanhar o namorado que recebeu uma proposta de emprego em outro país. Sóbrio, com narrativa eficiente e emoções contidas. Denis filma a vida como ela é, sem invencionices, sem grandes lances narrativos, com lentidão, muita conversa e um inegável calor humano para com seus personagens. * *
35 DOSES DE RUM – No subúrbio parisiense, pai e filha tem o relacionamento abalado com a aproximação de outras três pessoas. Outra veterana de festivais, a francesa Claire Denis sempre ambienta suas histórias em núcleos humanos em vias de se despedaçar por decisões controversas de alguns de seus integrantes. Não é diferente aqui, em que o equilíbrio da relação entre Lionel (Alex Descas) e Josephine (Mati Diop) patina na medida em que novos rumos vão se desenhando para um e outro. O pai vai se envolvendo com uma taxista de meia-idade, enquanto a filha fica em dúvida se deve ou não acompanhar o namorado que recebeu uma proposta de emprego em outro país. Sóbrio, com narrativa eficiente e emoções contidas. Denis filma a vida como ela é, sem invencionices, sem grandes lances narrativos, com lentidão, muita conversa e um inegável calor humano para com seus personagens. * *
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