segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Festival do Rio - um passaporte na mão e muita coisa na cabeça

Ao que parece, os bons ventos da modernidade, enfim, sopraram na direção do Festival do Rio. Como se atendessem a antigos pedidos do público, a comissão organizadora resolveu liberar para venda, na internet, os primeiros lotes de passaportes, de 20 e 50 ingressos, na semana passada. Em três dias, já estava tudo esgotado. Eu corri para garantir o meu, de 20 passes, como sempre (mas continuo achando que um passaporte de 30 filmes seria o ideal). E, ao contrário de todos os anos anteriores, dessa vez a venda de ingressos foi antecipada em um dia e começou hoje.

A velha fila, elemento indispensável de todo Festival do Rio, estava lá, formada, quando cheguei na central de ingressos, por volta das 9h30, meia hora antes da abertura. Pela senha que consegui, havia 16 pessoas na minha frente. Normal, tranqüilo. Achei o movimento bem mais fraco que de costume, em anos anteriores aquilo fervilhava, chegava mesmo a ser difícil caminhar pelo hall do Espaço de Cinema (onde funciona a central). Dessa vez, não houve atropelos. Mas confusão, sim: logo se formaram dois grupos distintos, o das pessoas que apenas foram retirar o passaporte, já tendo pago com antecedência pela internet, e o dos compradores de momento, que deixaram para adquirir suas entradas na hora, seguindo o esquema tradicional. Como organizar duas filas? E quem teria prioridade? Quem foi comprar ou quem foi apenas retirar? Para complicar mais um pouco, o sistema estava absurdamente lento, e logo veio a ordem: ainda não seria possível comprar os filmes, mesmo com o passaporte em mãos. No final das contas, em menos de uma hora, saí com meu passaporte em mãos (e este ano ainda fizeram um mimo, ele já veio com um cordão para os cinéfilos pendurarem no pescoço), mas sem os filmes. Como tinha uma consulta médica para dali a pouco, saí já imaginando que na volta, à tarde, teria de encarar uma fila quilométrica e mais confusão para conseguir os ingressos para os filmes pretendidos.

E mais uma vez veio a surpresa: voltei às 12h45 e continuava tudo tranqüilo. Fui encaminhado a um guichê espercífico para a troca de ingressos para os portadores do passaporte e finalizei a operação. Dos 20 filmes a que tenho direito, já consegui a metade, mantendo a média de todos os anos (ainda havia muitos filmes não liberados). Pelo menos consegui para dois que aguardo com mais expectativa: Somos todos diferentes (que será exibido em sessão matinal, às 9h!) e Bastardos inglórios, que, confesso, entrou de última hora na minha programação (eu não estava conseguindo encaixá-lo em nenhum horário), só depois que refiz todos os horários do último dia. Foi bom. Valeu. Agora é aguardar a liberação dos outros filmes da lista.

Ah, outra velha conhecida do Festival do Rio também marcou presença nesse primeiro dia: a chuva. Ainda bem que fui prevenido. Afinal, Festival do Rio sem chuva perde metade da graça.

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